O papel do síndico é fundamental para conduzir esses conflitos de forma educativa e equilibrada

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Casos de barulho, uso indevido da garagem, circulação de pets e até episódios de bullying entre crianças e adolescentes (comuns em períodos de férias) estão cada vez mais presentes na rotina condominial. O papel do síndico é fundamental para conduzir esses conflitos de forma educativa e equilibrada.

Segundo Hercules Pires Figueiró, da F&F Administradora de Condomínios, o barulho ainda lidera as reclamações. “É o tema que mais gera conflitos. Envolve vários fatores, como obras, crianças, animais, hipersensibilidade auditiva, desencontro de horários de descanso entre vizinhos e até mesmo falta de bom senso, como pessoas andando de salto alto dentro do apartamento”, explica.

Além disso, problemas de manutenção também são frequentes, como falhas no fornecimento de água, motor de portões e alarmes. Entre os conflitos mais recorrentes, Hercules resume os dois pontos principais e que merecem, de fato, maior atenção pelos gestores: infiltrações e barulho.

Caminhos para o síndico

Para minimizar atritos, a gestão não deve se limitar às regras no papel. “A melhor forma é aproximar os vizinhos, promovendo encontros como festas juninas, de Natal ou do Dia das Crianças. Também é fundamental ter uma comunicação proativa, em que as regras cheguem de maneira dinâmica, como por meio de vídeos ou comunicados nos intervalos das reuniões”, sugere o especialista.

A importância da colaboração dos moradores

Hercules lembra ainda que a convivência depende de todos. “Muitas vezes, sem perceber, os moradores apenas reclamam e esquecem de colaborar para prevenir, reconhecer, participar e agir. Morar em condomínio significa ter direitos, mas também deveres — entre eles, respeitar a coletividade e a liderança do síndico, que ocupa um cargo eletivo, não sendo um funcionário”, aponta.

Na prática: o que o síndico pode fazer para reduzir conflitos?

– Estimular a convivência: promover encontros comunitários (festa junina, de Natal, Dia das Crianças, Halloween).

– Comunicar com clareza: divulgar regras de forma dinâmica, usando vídeos, quadros de avisos e comunicados frequentes.

– Ser proativo: identificar pequenos problemas antes que se tornem grandes discussões.

– Ouvir os moradores: abrir canais de diálogo, como grupos controlados ou reuniões rápidas.

– Reforçar direitos e deveres: lembrar que condomínio é uma comunidade, não apenas um espaço individual.