Praticidade, transparência e conexão em tempo real estão entre as saídas para aproximar os proprietários da geração Z

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Com os aluguéis em alta e mais facilidade para adquirir o primeiro imóvel, jovens da geração Z (entre 20 e 30 anos) estão cada vez mais presentes como proprietários em condomínios. Esse novo perfil exige adaptações na comunicação e na gestão para garantir participação ativa nas decisões coletivas nestes espaços.

Para Isadora Borges Curtarelli, coordenadora de marketing da SINQ Administradora de Condomínios, a principal mudança deve acontecer na comunicação, para que ela aconteça de forma o mais direta possível. Ela sugere, por exemplo, a troca do e-mail por grupos e canais de WhatsApp. “É um contato mais prático, descontraído e próximo do que o que acontece por meio dos e-mails”, acredita. 

A geração Z, acrescenta, é habituada ao acesso rápido à informação, além de valorizar a praticidade e transparência. Por isso, também não funciona com esse público, a prestação de contas da forma tradicional. “Esperamos processos claros, prestação de contas acessível e de fácil visualização (gráficos e imagens) e muita tecnologia associada a isso. Estamos conectados e gostamos de acompanhar o que acontece no condomínio em tempo real, via aplicativos ou redes sociais”, conta a especialista, que também faz parte da geração Z.

Tecnologia como aliada

Nativos digitais, esses moradores estão habituados a usar a tecnologia em quase todas as atividades do seu dia a dia, inclusive dentro de casa. Por que não ter essa possibilidade no condomínio? Já existem no mercado opções de aplicativos que podem colocar os serviços utilizados – literalmente – na palma da mão. Seja uma reserva de áreas comuns, comunicação com os funcionários ou entre moradores, avisos rápidos, entre outras funcionalidades.

O uso de redes sociais é a aposta de Isadora como forma de criar comunidade e aproximação do síndico e/ou da administradora de condomínios com o morador. “Nestes canais, é possível mostrar de forma mais descontraída a realidade do condomínio, o que pode gerar mais identificação com a marca da empresa e com a figura do síndico, criar relacionamento”, explica.

Reuniões e assembleias rápidas (e on-line)  

Reuniões longas demais, com pautas extensas e pouco objetivas devem ficar no passado, salienta a especialista. O ideal é que a pauta esteja clara desde a convocação e que ela traga assuntos que impactam diretamente o dia a dia. “Além disso, é fundamental adaptar o formato das assembleias: reuniões curtas, objetivas e, se possível, online”, finaliza.