Muitas questões geram controvérsias dentro de um condomínio, mas uma unanimidade é a redução de custos. Imagine diminuir as despesas com eletricidade tanto para o condomínio quanto para os moradores. Pois esse é um dos benefícios que a energia solar promove, bem como maior respeito ao meio ambiente e menos emissão de gases poluentes à atmosfera. 

A energia solar consiste na captação da luz do sol por meio de módulos fotovoltaicos e posterior transporte dessa energia para o inversor solar. Nesse equipamento, é feita a conversão energética para que essa eletricidade possa ser utilizada normalmente nas áreas comuns e nas residências de um condomínio. 

Dentro dos complexos habitacionais, a energia solar pode ser utilizada para alimentar sistemas de iluminação internos e externos. Também é possível abastecer ferramentas como portaria eletrônica, armários inteligentes, irrigadores, sistemas de climatização, entre outros. Tudo isso, com eletricidade limpa e produzida dentro do próprio empreendimento. 

“Eu tenho percebido que, principalmente no alto padrão, o mercado imobiliário já absorveu bem as matrizes energéticas como fontes renováveis e, em alguns casos, algumas construtoras buscam selos atrelados a boas práticas em relação ao meio ambiente. Condomínios menores também já apresentam uma busca, mesmo que ainda tímida”, explica Josue Pedro de Souza, vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR). 

Uma vez que o custo de investimento para a instalação de equipamentos próprios ainda é alto, uma alternativa oferecida pelo mercado é a escolha por serviços de geração compartilhada. Ou seja, modelos em que empresas produzem energia de fontes renováveis e realizam parcerias junto a distribuidoras locais para que os consumidores recebam descontos tarifários ao adquirirem cotas para utilização dessa energia. 

Um exemplo é o serviço da AXS Energia. A empresa conta com usinas solares instaladas nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Goiás e possibilita que os consumidores optem por uma energia mais sustentável e econômica – de forma individual, sem qualquer ônus ao condomínio e aos demais moradores. 

A empresa oferece cotas aos clientes, por meio de uma análise individual adequada para cada perfil de consumo. Dessa forma, o consumidor recebe créditos na carteira solar que podem ser utilizados em períodos com menor geração. Tudo isso, com menor custo, porque não são necessárias despesas com instalação, taxa de adesão ou compra de equipamentos.

Além da redução de custos, a sustentabilidade também é uma demanda crescente quando falamos do mercado imobiliário. Pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) apontou que, em 2022, 58% dos entrevistados afirmaram que aceitariam pagar mais caro por um imóvel que contasse com uma tecnologia verde. Já 80% das fontes declararam que o meio ambiente é uma das prioridades antes da compra de uma residência. 

“Acredito que esse seja um caminho sem volta. Cada vez mais, as pessoas estão preocupadas com isso e essas fontes oferecem oportunidades para o futuro”, finaliza o vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Secovi-PR.