Volume de negociações efetivadas em julho é o segundo melhor do ano; no residencial, studios e apartamentos estão entre as tipologias mais procuradas

Os imóveis comerciais têm puxado o desempenho do mercado imobiliário de usados em Curitiba (PR). Com meses seguidos de bons resultados, o segmento registrou, em julho, seu segundo melhor índice do ano: 2,3% na Venda de Usados sobre a Oferta (VUSO), perdendo apenas para o mês de maio (2,5%). O montante é 1,5 ponto porcentual (p.p) superior ao de junho de 2025 e 0,7 p.p maior do que o de julho do ano passado.
Na média trimestral, os números também são positivos, com crescimento de 0,8 p.p em comparação com os mesmos períodos de 2024 e de 2023, quando os índices foram de 1,1 % cada. Os dados são do estudo mais recente divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sindicato da Habitação e Condomínio do Paraná (Secovi-PR).
“Os investimentos e políticas públicas voltados à revitalização do Centro têm estimulado o apetite dos empresários e isso se reflete no desempenho do mercado imobiliário. Assim como tem crescido o volume de vendas do segmento comercial, cresce, também, o de locação”, aponta Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.
Bairros mais procurados
Esse impacto se estende, ainda, aos imóveis residenciais. Em julho, 13% dos contratos de venda assinados foram de imóveis localizados na região central da cidade. Em seguida, apareceram Água Verde e Cristo Rei (com 4,8% cada), Mossunguê (4,3%), Boqueirão (3,9%), Bacacheri, Campo Comprido e CIC (todos com 3,4%).
Entre as tipologias de imóveis mais buscados pelos compradores, por sua vez, destacaram-se os studios, cujo VUSO na categoria passou de 1,2%, em junho, para 8,1%, em julho, e os apartamentos de um dormitório, com avanço de 3% para 6,8% no período. Os apartamentos de três e quatro dormitórios também registraram aumento no interesse dos compradores. Os primeiros evoluíram de 4,7% para 6,2% o volume de compras efetivadas dentro do segmento, enquanto os últimos avançaram de 0,6% para 1,8% de sua oferta negociada entre os meses de junho e julho de 2025.
Outra alta foi registrada no ticket médio dos imóveis residenciais, que teve aumento de 26% em julho no comparativo com o mesmo mês de 2024 e chegou a R$ 456,682 mil. O VUSO do segmento, em julho, foi de 4,1%, 0,7 p.p superior ao de junho.
“O mercado de venda de usados está em um patamar de estabilidade. Mesmo com a alta dos juros, o volume de financiamentos vem se mantendo [em julho, 64,3% das compras efetivadas foram financiadas], mas ainda estamos abaixo dos porcentuais registrados em 2024 e 2023 [quando o índice girava na casa dos 70%], concluiu Tomazini.