Dados do SECOVI-PR apontam variação positiva de 0,4 p.p na Locação Sobre Oferta (LSO) residencial na capital, e de 0,8 p.p na de imóveis comerciais em relação ao mesmo período do ano anterior
O balanço dos primeiros seis meses do mercado de locação imobiliária em Curitiba apresenta resultados positivos. Tanto o índice que registra a Locação Sobre Oferta (LSO) residencial como a comercial apresentaram crescimento em relação ao mesmo período de 2023. O avanço foi de 0,4 p.p no primeiro caso, que registra média de 23,7% de LSO. Já no segmento comercial, ela foi de 7,4%, com alta de 0,8 p.p.
Os dados são do levantamento mais recente divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, e refletem o “bom momento da locação na capital, especialmente para os investidores que apostaram no mercado imobiliário”, na avaliação do presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Luciano Tomazini.
Outro dado que reforça a percepção do presidente é o índice que mede a velocidade com que as locações dos imóveis residenciais são realizadas, cuja média manteve-se abaixo de 50 dias. Nas tipologias mais buscadas pelos curitibanos, apartamentos de um e dois dormitórios, o tempo para locação foi ainda menor. No primeiro caso, os apartamentos levaram, em média, 48 dias para serem locados durante o primeiro semestre do ano – mesmo índice registrado em 2023. Os imóveis de dois quartos, por sua vez, foram negociados em 37 dias, na média, um dia a menos do que no mesmo período do ano anterior.
Segundo Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR, a redução do tamanho das famílias nos últimos anos justifica a maior procura, e velocidade de locação, dos apartamentos de um e dois dormitórios. “Imóveis bem conservados, com a manutenção em dia e boa localização se destacam no mercado”, acrescenta.
Acompanhando o balanço positivo do semestre, o ticket médio total e residencial da locação imobiliária na capital paranaense também apresentou aumento e chegou a R$ 1.992 e R$ 1.947 em junho, aumento de 1,59% e 4,36% em relação ao praticado em janeiro deste ano, respectivamente. “Esse é outro dos pontos positivos para os investidores que desejam locar seus imóveis, pois além da procura cada vez maior, estamos registrando alta nos valores médios dos aluguéis ofertados pelo mercado”, destaca Tomazini.
Bairros mais procurados – Entre os endereços mais buscados pelos inquilinos no primeiro semestre de 2024, o Centro mantém a preferência e lidera as negociações de imóveis residenciais (17,2%) e comerciais (25,9%).
Para fins de comércio e serviços, a lista dos bairros mais desejados segue com Batel e Centro Cívico (6,1% cada), Água Verde (5,3%), Rebouças (3,9%), Cristo Rei (3,5%), Bigorrilho (3,1%), Alto da XV e Boqueirão (2,6% cada).
Voltando à moradia, depois do Centro, os endereços mais procurados nos seis primeiros meses do ano foram Água Verde (5,9%), Bigorrilho (4,2%), CIC e Portão (3,7% cada), Cristo Rei, Rebouças, Batel e Campo Comprido (2,6% cada).
A inadimplência dos inquilinos – dado que indica o atraso no pagamento do aluguel superior a 30 dias – segue como destaque, com registro próximo de 1%. Este porcentual é uma referência relevante para os locadores e para as imobiliárias, que prezam por processos detalhados de cadastramento e de contato ativo com os inquilinos após o fechamento dos negócios.