O índice que revela a Locação Sobre Oferta (LSO) de imóveis comerciais em Curitiba teve, em outubro, um crescimento de 0.8 ponto percentual (p.p.) em comparação a setembro, com registro de 6,9%. Os dados são do levantamento do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR. 

O destaque também é positivo em relação ao mesmo período de 2022, com um aumento de 0.9 p.p. “As análises mostram uma retomada do comércio na capital paranaense no último trimestre de 2023. O resultado do índice é um ponto positivo para investidores que buscam por imóveis para locação comercial”, avalia Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.

Por outro lado, o LSO residencial teve uma leve queda de 2.6 p.p. em relação ao mês anterior e registrou 16,9% em outubro. No entanto, o estudo mais abrangente dos últimos 10 meses reflete que o índice continua operando em um patamar alto. A média de janeiro a outubro de 2023 foi de 22,6%, o 2º melhor resultado dos últimos 10 anos do levantamento. Para comparação, a média do mesmo período de 2013 foi de 13,2%, um crescimento de 9.4 p.p.

Para Marilia Gonzaga, vice-presidente de locação e administração imobiliária do Secovi-PR, a expectativa é de crescimento no mercado de locação de imóveis na cidade. “Além das tendências do setor, é importante lembrar que fatores como o bom estado de conservação e a manutenção contínua dos espaços são pontos de atenção para proprietários que pretendem locar seus imóveis”, complementa.

INADIMPLÊNCIA NA MÉDIA – A inadimplência dos inquilinos, dado que indica o atraso no pagamento acima de 30 dias, foi de 1,2% em outubro e se mantém na média dos últimos meses, uma referência relevante para locadores e para imobiliárias que prezam por processos detalhados de cadastramento e de contato ativo após o fechamento do negócio.

BAIRROS MAIS PROCURADOS – Tanto nas negociações de locações residenciais, quanto nas comerciais, o Centro lidera a lista de bairros mais desejados pelos compradores com uma representação de 15,4% e 22,2%, respectivamente. A partir dos dados, o Instituto sinaliza uma nova fase de estruturação para os imóveis de locação.

“Com as análises, podemos observar uma possível tendência de modificação devido ao investimento de construtoras em novos empreendimentos em todo o Centro. A movimentação não se limita apenas às grandes avenidas, pois mostra uma iniciativa para que o bairro seja revitalizado nos próximos anos”, pontua Tomazini.