Locação de imóveis residenciais em Curitiba aumenta 2,2 p.p.

Números do Inpespar mostram um LSO de 28,2%, 2,2 p.p. a mais do que fevereiro de 2024 e 4,2 p.p. de crescimento em relação ao mesmo período de 2023

Em ascensão desde o início de 2024, o mercado imobiliário de locação em Curitiba segue em uma curva de crescimento na capital paranaense. De acordo com o Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, o índice de Locação Sobre Oferta (LSO) residencial de março de 2024, que avalia a quantidade de negócios fechados, foi de 28,2%, 2,2 ponto percentual (p.p.) a mais em relação a fevereiro e 4,2 p.p. de crescimento na comparação com março de 2023.

De acordo com Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, essas informações refletem a Lei da Oferta e Procura e o alto índice de velocidade de locação, que aponta a urgência dos locatários no fechamento dos negócios. “As kitinetes e apartamentos de dois dormitórios, por exemplo, chegam a ficar, em média, um pouco mais de um mês disponíveis para locação, 29 e 39 dias, respectivamente. Esse reflexo representa uma oportunidade de investimento no setor, pois a baixa oferta de imóveis na cidade faz com que a demanda seja maior”, analisa o presidente.

Outra análise relevante da pesquisa mais recente do Instituto é em relação ao LSO comercial, pois registrou 8,9%, um crescimento de 1,9 p.p. em relação ao mês anterior e 1,6 p.p. se comparado ao mesmo período de 2023. “O Centro continua sendo o bairro mais procurado para as negociações na cidade, sua parcela representa 28,6%. O dado revela que o bairro central não se restringe apenas às ‘Marechais’, pois é um bairro extenso. Além disso, a tendência é que os pontos comerciais sejam reinventados com a remodelação de lojas grandes por locais menores, por exemplo”, aponta Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR.

Ainda no índice de velocidade de locação no âmbito comercial, a pesquisa aponta uma redução no número de dias médios para a locação de lojas. Em março de 2023, uma loja levava, em média, 178 dias para ser locada. Um ano depois, esse número reduziu 14%, pois a média passou a ser de 153 dias.

O ticket médio, por sua vez, é o índice que mensura a valorização dos imóveis na capital paranaense. E, pela primeira vez na série histórica das pesquisas, ficou acima de R$ 2 mil. A média das locações em março foi de R$ 2.069, 5,5% a mais em relação ao mês anterior. Já o ticket médio residencial, apresentou números muitos próximos do mês de fevereiro, de R$ 1.874, a média passou para R$ 1.878, um aumento de 0,2%. 

“A alta demanda por imóveis e o índice de velocidade de locação são fatores que contribuem para o aumento do ticket médio, o que reflete o bom momento para os investidores que desejam apostar no mercado imobiliário”, reforça Gonzaga.

A inadimplência dos inquilinos, dado que indica o atraso no pagamento acima de 30 dias, continua sendo destaque e o registro ficou muito próximo do 1%. A inadimplência na casa de 1% é uma referência relevante para locadores e para imobiliárias que prezam por processos detalhados de cadastramento e de contato ativo após o fechamento do negócio.

Bairros mais procurados – A região mais procurada nas negociações residenciais de imóveis para locação foi o Centro, com 17,1% da busca. Em seguida, Água Verde (6,4%) e Bigorrilho (4,2%) completaram o Top 3. Bairro Alto, Portão e Rebouças (3% cada), Santa Cândida (2,8%), Batel e Novo Mundo (2,6% cada) também se destacaram na lista.

Na análise dos bairros mais procurados para a locação comercial, o Centro também lidera com 28,6% das negociações. Na sequência, Batel (8,7%) e Centro Cívico (5,6%) se destacam.