Implementação da Faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, aumenta as possibilidades para o mercado imobiliário
A Faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do Governo Federal, já está em vigor. A nova modalidade visa atender famílias de classe média, com renda mensal entre R$ 8.600,01 e R$ 12.000,00. São condições especiais de financiamento que ampliam as oportunidades para o mercado imobiliário e exigem que os corretores compreendam melhor esse público e os tipos de imóveis que podem ser oferecidos, com valor máximo de R$ 500 mil.
Para Luciano Tomazini, presidente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), a Faixa 4 deve impulsionar o setor. “Grandes incorporadores já estão em busca de terrenos para lançar produtos dentro desta faixa”, relata. “No mercado de usados, imóveis que antes não poderiam ser financiados pelo programa passam a ser incluídos, ampliando as chances de venda”, completa.
Corretor preparado é peça-chave
Apesar do cenário aquecido e da variedade de produtos disponíveis, o corretor também precisa fazer a sua parte. Conhecer o perfil do cliente e os imóveis que se enquadram nas condições do programa é fundamental, reforça Tomazini. Também é essencial entender as características específicas da Faixa 4, que permite financiamento de até 100% do valor do imóvel, sem subsídios, com juros de 10% ao ano e possibilidade de uso do FGTS.
“Como o mercado imobiliário é bastante diversificado, o corretor precisa estar em constante atualização, por meio de cursos e palestras, sobre as especificações de cada modalidade. No caso do MCMV, é importante também acompanhar as informações nas plataformas da Caixa Econômica Federal”, orienta.
Tomazini aponta que os imóveis com maior participação devem ser os apartamentos de médio padrão, com dois ou três quartos, com ou sem suíte, localizados em condomínios com infraestrutura básica — como portaria, vaga de garagem e áreas comuns com salão de festas ou academia compacta —, em zonas urbanas de médio adensamento ou bairros em expansão.
No caso de casas e sobrados, o foco tende a ser em unidades térreas ou geminadas, com dois ou três quartos, e sobrados compactos com metragens entre 70 m² e 120 m² — mais comuns em cidades médias ou nas periferias de grandes centros urbanos. “A localização pode variar de acordo com a cidade. Já a infraestrutura mínima é exigência do próprio programa para que o imóvel seja elegível”, acrescenta.