Lixeiras destinadas a cada tipo de resíduo e bem sinalizadas são medidas simples e eficientes para manter a ordem

Separação incorreta, resíduos descartados fora do horário ou em locais indevidos são apenas alguns dos problemas que acontecem nos condomínios quando o assunto é a gestão do lixo. Além da poluição do ambiente e da proliferação de insetos e outras pragas, essas ações podem gerar desconforto e uma série de desentendimentos entre os moradores. presidente da Associação das Administradoras de Condomínios do Estado do Paraná (AACEP), o denominador comum é a falta de conscientização. 

O estabelecimento de regras claras e campanhas pelo condomínio é o primeiro passo para a solução, aponta Baiak. “Do contrário, é muito difícil cobrar a responsabilidade e a adoção de boas práticas por parte dos moradores”, acrescenta. A orientação do Secovi-PR é que os condomínios proponham, ao menos, ações de coleta seletiva para a devida separação dos resíduos. Além de definir dias e horários de coleta, conforme os serviços municipais, é preciso capacitar os funcionários.  

Baiak lembra que problemas como o acúmulo de resíduos em horários diferentes da coleta podem gerar notificações por parte da prefeitura ou da vigilância sanitária. “Caso os resíduos não estejam corretamente separados ou armazenados, o serviço público de coleta pode, até mesmo, se recusar a realizar a coleta, gerando ainda mais transtornos”, reforça.

Lixeira interna ou externa, qual a melhor escolha?

Com regras definidas e ações de sensibilização em andamento, muitos condomínios ainda têm dúvidas sobre a melhor opção: lixeiras internas ou externas. O primeiro ponto a ser considerado é o espaço disponível, seguido pela estrutura operacional do condomínio. Em geral, as lixeiras externas são mais comuns, mas exigem cuidados importantes: precisam estar protegidas contra vandalismo e acesso de animais, além de obedecer às normas de urbanismo da cidade.

Já as lixeiras internas demandam que haja pessoal disponível para transportá-las até o ponto de coleta. Em relação à higiene, as externas tendem a minimizar odores e ajudam a manter as áreas comuns mais limpas. Por outro lado, exigem manutenção constante e resistência às intempéries, além de acesso facilitado para os coletores.

“Se a escolha for pelas internas, é essencial que sejam discretas, bem localizadas, fáceis de higienizar e não obstruam rotas de fuga, em conformidade com as normas do Corpo de Bombeiros”, alerta o presidente.

Mais organização

Tanto para a separação dos resíduos – entre recicláveis ou não ou todas as categorias – quanto para o descarte de resíduos volumosos, o ideal é que se tenha organização. Na reciclagem, disponibilizar contêineres específicos é fundamental. No caso dos resíduos a serem recolhidos pelas administrações municipais, Baiak sugere o agendamento. “Recomenda-se firmar parcerias com cooperativas de reciclagem locais, fortalecendo o ciclo de reaproveitamento dos materiais”, sugere.

Campanhas e comunicação 

O engajamento é fundamental para que todas as ações funcionem, de fato. Baiak recomenda a realização de campanhas educativas regulares, utilizando murais, comunicados da administradora e grupos de WhatsApp. “A criação de um comitê de sustentabilidade dentro do condomínio também é uma boa prática, assim como a realização de oficinas, palestras e ações em parceria com cooperativas de reciclagem”, exemplifica. 

As prefeituras, em geral, disponibilizam materiais informativos sobre a separação e o descarte correto, o que pode ser um bom suporte às ações. “Reconhecer simbolicamente boas práticas, como destacar em quadros de avisos os moradores que colaboram, também incentiva a participação, além de envolver as crianças em atividades educativas é uma estratégia eficaz, já que elas tendem a influenciar positivamente os adultos com quem convivem”, finaliza.