Dados mais recentes do Secovi-PR destacam casa de alvenaria com três dormitórios e sobrados com LSO maior que a média, 24,3% e 24%, respectivamente

O índice de velocidade de locação foi um dos destaques em Curitiba. Entre os tipos de imóveis com o maior índice de Locação Sobre Oferta (LSO) residencial, análise da quantidade de negócios fechados em relação ao número de imóveis disponíveis, estão casas de alvenaria com três dormitórios (24,3%) e os sobrados (24%). Os números também refletem na velocidade que são locados, no mesmo período de 2023, o primeiro tipo de imóvel, por exemplo, levava cerca de 50 dias para ser locado, já em 2024, a média caiu para 37 dias. 

Os dados da pesquisa mais recente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, revelam um comportamento atípico no mercado imobiliário de locação em Curitiba neste período do ano. O LSO residencial registrou 20%, refletindo a Lei da Oferta e Procura. “Os números da pesquisa não são comuns. Em abril de 2022, o índice foi de 30,7% e, em 2023, de 28,6%, números típicos para este período. Esse reflexo pode ser causado pela Lei da Oferta e Procura, pois a oferta de imóveis diminuiu enquanto a demanda permanece alta”, analisa Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.

Apesar da queda do LSO, a velocidade de locação continua em uma curva crescente, principalmente no caso de imóveis bem conservados. “De fato os ofertados tiveram uma queda. Porém, espaço não falta para residência em bom estado de conservação, infraestrutura local e bem localizada, pois costuma ficar por um período curto disponíveis para locação, o que pode ser uma oportunidade de investimento”, conclui Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR.

O ticket médio, por sua vez, é um dado que indica a valorização dos imóveis na capital paranaense. A média das locações residenciais em abril foi de R$1.914, um crescimento de 1,9% em relação ao mês anterior, que registrou R$1.878. De acordo com Tomazini, também é reflexo da oferta de imóveis atual e continua sendo um bom momento para os investidores do mercado imobiliário. 

A inadimplência dos inquilinos, dado que indica o atraso no pagamento acima de 30 dias, continua sendo destaque e o registro ficou muito próximo do 1%. A inadimplência na casa de 1% é uma referência relevante para locadores e para imobiliárias que prezam por processos detalhados de cadastramento e de contato ativo após o fechamento do negócio.

 

Bairros mais procurados – A região mais procurada nas negociações residenciais de imóveis para locação foi o Centro, com 17,1% da busca. Em seguida, Água Verde (6,9%) e CIC (3,6%) estão na lista dos mais procurados. Bigorrilho (3,4%), Portão (3,2%), Bacacheri (3%), Campo Comprido, Capão Raso e Xaxim (2,6% cada) também foram os bairros que se destacaram no período analisado.

No resultado dos bairros mais procurados para a locação comercial, o Centro também lidera com 24,4% das negociações. Na sequência, Água Verde, Centro Cívico e Cristo Rei (6,9% cada) também foram bairros que chamaram a atenção dos locadores e locatários.